Comemora-se hoje, em todo o
país, o centenário de nascimento do grande Luiz Gonzaga, nascido em Exu
(Pernambuco) no dia 13 de dezembro de 1912.
Luiz Gonzaga do Nascimento
era para ter o mesmo nome do pai, Januário, mas este, na madrugada em que o
futuro artista nasceu, viu uma estrela cadente e mudou de idéia. Era o dia de
São Luiz Gonzaga, e como era o mês do Natal, o bebê foi registrado como Luiz
Gonzaga do Nascimento.
Ele nasceu no sopé da Serra
do Araripe, que inspirou uma de suas primeiras composições, “Pé de serra”.
Luiz aprendeu a tocar sanfona
muito cedo. Ainda nem era adolescente e já animava bailes, forrós e feiras, de
início acompanhando o pai, que era um sanfoneiro de oito baixos famoso naquelas
bandas.
Em 1939, deu baixa no
Exército e seguiu para o Rio de Janeiro, onde começou a tocar em zonas de
prostituição, no Mangue.
Em 1941, no Programa Ary
Barroso, na Rádio Nacional, ele, na condição de calouro, foi aplaudido de pé,
após executar “Vira e mexe”. Teve, então, o seu primeiro contrato na Rádio
Nacional, onde conheceu o acordeonista gaúcho Pedro Raimundo, que muito o
ajudou. Pedro Raimundo se apresentava usando trajes típicos do Rio Grande do
Sul, o que inspirou Luiz Gonzaga a usar roupa de vaqueiro nordestino, composta
por gibão, perneiras e chapéu de couro.
Em 11 de abril de 1945, ele
gravou sua primeira música como cantor, “Dança Mariquinha”, que compôs em
parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira.
Em 1946, Luiz Gonzaga voltou
pela primeira vez a Exu, onde teve um encontro emocionado com seus pais,
Januário e Santana. O reencontro com seu pai é narrado em sua composição
“Respeita Januário”.
Luiz Gonzaga retornou para o
Rio, onde não parou de crescer musicalmente. Em parceria com os compositores
nordestinos Humberto Teixeira e Zé Dantas, compôs grandes sucessos em todo o
país e no exterior, como a obra-prima “Asa Branca”.
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